Eu preciso desabafar, gritar, falar, chorar. Contar para quem quiser ouvir, e também para os que não querem, coisas que às vezes nem eu mesma acredito que sejam verdade.
Sim. Eu fico indignada.
Sou daquelas pessoas que não se contentam em enxergar o próprio umbigo. Tenho que ver, ouvir, analisar e formar uma opinião sobre tudo, ou pelo menos sobre quase tudo.
E há quem diga que sou muito crítica, alguns dizem até que procuro chifre em cabeça de cavalo. Mas o pior é que muitas vezes eu encontro – os chifres em cabeças de cavalo.
Sou daquelas pessoas que vê uma praça suja e mal cuidada e sente o coração disparar na ânsia de publicar na primeira página do jornal, na expectativa de que as autoridades percebam o descuido com o patrimônio público e passem a cumprir com a responsabilidade de suas funções. Sou daquelas pessoas que quando vê uma criança pedindo esmola tem vontade de dar uma surra nos pais pois é deles a responsabilidade de prover os filhos.
Sou daquelas pessoas que não veio ao mundo a passeio e daí vem minha indignação com os absurdos que fazem parte do cotidiano de todos, mas que tão poucos ainda se importam.
Se indignar é preciso. Mas temos que gritar ao mundo esta indignação. E é certo que nem sempre podemos desabafar. Por isso, pior do que se indignar, é estar indignada e ter que fazer cara de paisagem.
Talvez por isso tenhamos duas opções: se resignar ou se indignar.
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Indignações
É só um espaço para desabafar as indignações. Descobri que pior do que ficar indignada é estar indignada e ter que fazer cara de paisagem.
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